“O corpo é a chave, no corpo está o segredo duplo da escravidão e da liberação; da fraqueza animal e do poder divino; do obscurecimento da mente e da alma e de sua iluminação; da sujeição à dor e aos limites e da mestria de si; da morte e da imortalidade.” (A síntese do ioga; Aurobindo)
São as posturas psicofísicas que ao serem feitas com atenção e consciência, permanecendo imóvel por um tempo, dissolvem as tensões e acalmam as agitações do corpo e da mente, preparando o praticante para permanecer em postura meditativa de forma mais confortável.
São os exercícios respiratórios, através dos quais o praticante percebe e ganha um certo “controle” sobre a energia vital (prana). Uma das principais funções dos pranayamas é acalmar a mente. Geralmente são feitos antes da meditação.
É o processo do verdadeiro autoconhecimento. É o mergulho dentro de si mesmo, nesse microcosmos, que é o único local onde podemos encontrar a verdadeira felicidade.
“Saúdo o Primevo Senhor, Śiva Ādinātha, que ensinou o conhecimento do Haṭhayoga à sua esposa Pārvatī. Este conhecimento, como uma escada, conduz ao elevado Rājayoga. O yogin Svātmārāma, após saudar respeitosamente a deidade e seu guru, estabelece, desde o início, que o ensinamento do Haṭhayoga é somente um meio para a realização do Rājayoga.” (Haṭhayoga Pradīpikā)
Nesses primeiros versos da Haṭhayoga Pradīpikā, que é um dos principais textos de Hatha Yoga, Svatmarama deixa claro o objetivo dessa prática que é feita através do corpo: preparar corpo e mente para a prática de meditação (Raja Yoga), assim como é descrito na sucessão do Ashtanga Yoga de Patañjali.
De certa forma, Hatha Yoga já é uma prática meditativa, pois estamos sempre buscando esse estado de total presença, atenção plena e consciência sobre cada movimento, cada parte do corpo, cada inspiração e cada expiração.
É claro que temos benefícios como: aumento de flexibilidade, maior consciência corporal, redução de tensões musculares, redução de estresse e ansiedade, aumento da capacidade respiratória, etc. Mas a ideia dessa prática é te levar muito além. É um processo que começa do denso (físico) e vai gradualmente até o mais sutil (meditação; praticas mentais). Por isso qualquer um pode praticar, independente do seu nível de flexibilidade, sua capacidade de concentração, etc.
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“O praticante de Hatha-Yoga quer construir um ‘corpo divino’ (divya-sharira) ou ‘corpo adamantino’ (vajra-deha) para si mesmo, o que lhe garantiria a imortalidade nos mundos manifestos. Não se interessa em obter a iluminação mediante o prolongado descuido do corpo físico. Quer tudo: a realização do Si Mesmo e um corpo transmutado no qual possa gozar do universo manifesto nas suas diversas dimensões.”
(A Tradição do Yoga; Georg Feuerstein)
“O corpo é como uma vasilha de barro cru, que quando mergulhada na água se dissolve. Por isso, o corpo deveria ser exposto ao fogo do yoga para fortalecer-se e purificar-se.”
(Gheraṇḍa saṃhitā)